domingo, 30 de dezembro de 2007

.de luz apagada, apenas assim...de luz apagada



"E tive-te, atrás do espelho, todas as manhãs da minha vida. Porque foi sempre para ti que me quis bonita, mesmo nos dias mais escuros. É em ti que penso, quando escolho a roupa ou escovo o cabelo, todos os dias. É para ti que me quero bonita para a eventualidade de te encontrar por aí numa esquina qualquer. E que repares ainda mais em mim, que o coração te cai aos pés e deslumbrado digas: estás tão linda hoje! É por ti e ninguém mais que me quero bonita; não é um não sei que de vaidosa, é por ti."






(Inês Pedrosa - Fica comigo esta noite)






Não sei porque e desculpa-me por isso. Mas só consigo fazer as coisas de luz apagada (mulheres).

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

.procuram-se

Planos para passagem de ano urgentemente!
Estou a entrar em desespero ao aperceber-me que não tenho planos para a passagem de ano, nem companhia, nem sitio, nem roupa, nem coisa alguma...
Procuram-se companhias assim que mais ou menos que tenham um gostinho apreciável por festa e ramboia e tradição das doze passas à meia noite (que sem elas não faz sentido a passagem de ano). Convêm também ter bom gosto e apostar nos pretos e prateados no look.
Além disso, na candidatura devem apresentar potenciais locais para sair e comemorar as doze badaladas assim como um bom cacau quente 'as seis da manhã.
Sou muito boa rapariga e estou desesperada (não quero mesmo passar a passagem de ano em casa)
p.s.Alguma alma caridosa que me ilumine as ideias quanto a planos?

domingo, 23 de dezembro de 2007

.facto nº 3

quanto mais cansados nós andamos de tudo, mais o mundo precisa que estejamos presentes!




(conclusão baseada nas atitudes de todos e mais alguém)

sábado, 22 de dezembro de 2007

.i (so fucking) made it

O colombo estava uma autêntica selva! Em qualquer loja que se entrasse, era atacada por leões feroses que tentavam tirar-me o produto que tinha na mão, ou correr para ficar à frente na fila interminável da caixa. Os embrulhos eram feitos à pressa e com fita cola rafeirosa, até eu perder a paciência e decidir que embrulhava tudo em casa à bela forma caseira(triste ideia minha)...
Corri uma imensidão de lojas com a minha mãe à procura da prenda para o meu pai (que por vezes põe a minha mãe louca porque também nunca sabe o que lhe à de oferecer); e com uma bela quantia de euros gastos e muita "sedução" por minha parte (admito -.-) ao empregado arranjadinho e perfumado (como eu gosto deles) da loja acabamos por comprar um sobretudo preto muito chique. E enquanto ele se esforçava por embrulhar o sobretudo eu só reparava no sorriso maroto que ele fazia quando tentava apertar a fita do embrulho.
Depois deste encontro sorreal numa daquelas lojas finórias de fatos do Colombo, separei-me da minha mãe e atirei-me de cabeça a tudo o que fosse lojas com potenciais iluminações divinas e de caderno na mão para apontar ideias. Depois de vários produtos vistos, escrevi algumas ideias que me pareceram ideias para a prenda do meu namorado.
E aí começou a parte que eu mais gosto, o gesto de dar o cartão de crédito à senhora do balcão e primir: verde...código...verde; e puff magia.
Depois de muitos gestos mágicos, consegui finalmente após tantos dias de sacrificio comprar a desejada prenda para o namorado; que como me parece óbvio não posso descrever aqui o que é porque ele por vezes espreita este blog e estragava a surpresa toda.

So i made it!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

.devo estar doente...


Ao admitir que o Mikael Carreira é capaz de ser o saloio/cantor pimba mais sexy à face do mundo!
p.s. so' posso estar gravemente doente pra dzr estas coisas

domingo, 16 de dezembro de 2007

. a dúvida crucial do mês

O que oferecer ao namorado no natal?

Aposto que existem por aí muitas mais senhoras/raparigas na mesma situação que eu. O namorado/marido é esquisito, não lê nada a não ser a BD dos jornais, a cultura musical dele resume-se aos dois cd's já bastante riscados guardados com carinho por baixo do colchão, veste qualquer coisa e tem todos os jogos/tecnologias e mais algumas que era possível ter.

E mediante esta curta restrição de gostos do namorado, como havemos nós (pobres namoradas) de oferecer o que quer que seja? Falando por mim, é de perder a cabeça.

Já recrutei todos os amigos rapazes, melhores amigas e até pessoal que não conheço de lado nenhum para me darem ideias para a prenda; percorri três vezes o shooping e continuo na mesma. Sem prenda e sem ideia.

Livro? Nem pensar, demasiado vulgar. Cd's? Ele tem uma colecção interminável com a qual não vale a pena competir. Roupa? Nahh, como disse, veste (quase) qualquer coisa (e também é demasiado vulgar). Perfume? Já lhe ofereci um o natal passado. Jogos? Nem pensar, tenho ciumes do tempo que ele passa a jogar, não lhe ia oferecer o próprio inimigo numa caixa com laçarote. Cuecas e meias? Tem muitas, graças a deus...

E volto sempre ao mesmo ponto de ignorância acerca do gosto/preferência de prendas de natal por parte do mundo masculino. (tou na fossa)

Ideias por favor? Alguma alma caridosa?

sábado, 15 de dezembro de 2007

. facto nº 2

No outro dia, na wikipédia (fonte incansável de saber) li que existe um tipo de filosofia de vida que nos permite amar e ser amados por várias pessoas ao mesmo tempo e que portanto o adultério e traição não existem para os que seguem essa filosofia; pois o amor é livre e pode-se ser amado por vários homens/mulheres mesmo sendo casado(a) de apenas uma.
E com esse conhecimento de filosofia, cheguei à conclusão que o amor nos faz egoistas. Será?

Não gostaria de saber que o amor da minha vida ama outras pessoas senão eu ou que outras o amam a ele; mas esse pensamento fará de mim uma namorada fiel e comprometida ou possessiva e egoista?

Afinal é fidelidade ou egoismo?
(agradeço esclarecimentos sobre o assunto)

.Almada Negreiros

"O que hoje aprendi para dizer-me
talvez não caiba no jeito do verso
não cabe, por minha falta
mas eu aprendi.
Desde hoje serei mais eu
estarei mais onde estiver"
É terrível a sensação de por vezes não sermos nós próprios, não é? E hoje, ao me deitar sossegadamente na cama para aproveitar p descanço merecido; enquanto me debato com uma gripe que fez dos lenços de papel os meus melhores amigos, leio. Leio para passar o tempo, leio para sonhar, leio para desligar a alma e apenas deixar passar o tempo por mim sem me preocupar com nada; leio e deparo-me com este poema. Reflicto.
Sim...apartir de hoje prometo a mim que serei mais eu!
Odeio por vezes saber que nao sou eu! Odeio-me por não ser a mim que agrado mas aos outros. Odeio por vezes saber que nao estou onde estou
p.s. pergunta crucial dos ultimos dias: como sabemos que alguém é o amor da nossa vida?

domingo, 9 de dezembro de 2007

.beijei um princepe, agora vai ficar um sapo?

Por vezes magoas-me severamente do coração, pões-me doente, e logo de seguida metes a tua cara linda e os olhos apaixonados e dizes-me que me amas severamente também. Em que ficamos afinal? Como consegues fazer as duas coisas ao mesmo tempo?



(a angústia do saber de mais sobre o amor)
(não queiram saber demais)
(não queiram)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

.a rebentar de trabalho

Nem tempo tenho para coçar o rabo, quanto mais vir para aqui escrever :S

Peço desculpa

Volto em breve @

sábado, 1 de dezembro de 2007

. a dor do pânico e contradição das estatísticas

(vale a pena ler)
A cor azul da tigela queimava. Mais uma vez esqueci-me do leite no microondas, o branco sujo do leite de soja borbulhava no azul da tigela. Ouvi a voz da minha mãe ribombar dentro da minha cabeça:
- Andreia que cabeça na lua, nem do leite te lembras que puseste a aquecer.
Retorci o nariz ao sentir o odor quente do leite enquanto me martirizava novamente por me ter esquecido do leite num estado de aquecimento eterno. Gostaria que houvesse leite sem cheiro para pessoas como eu; o meu paladar rejubila-se com o sabor branco e castanho do leite com café ou com chocolate, mas a minha memória olfactiva ataca-me na presença de leite puro. Chego à conclusão que existem pessoas a desejar coisas bem piores, alguns desejam uma vida sem cores, um amor sem memória para tornar tudo mais fácil; eu apenas desejo um leite sem cheiro.
Encontro-me neste estado de reflexão em que facilmente mergulho, quando ouço o telemóvel a tocar desesperadamente no quarto, berrando por mim, gritando por ajuda. Caminhei lentamente, amaldiçoando quem estivesse a interromper o meu lanche sagrado antes das duas horas de estudo habituais; com a mão esquerda apertava o dedo que tinha queimado no azul da tigela e no meu esquecimento constante do leite.
Tive raiva de mim mesma quando li a mensagem, se ao menos soubesse que era grave… tinha voado pelo corredor fora evitando os tapetes escorregadios e os jarrões antigos com a destreza de quem conhece cada palmo da casa de olhos fechados desde de que nasceu, teria subido as escadas de dois em dois degraus sem ligar ao seu ranger velho de madeira, não teria gasto tempo com o meu dedo queimado, e nunca teria amaldiçoado quem me estava a interromper o quotidiano.
“Fui assaltado e atacaram-me na perna com algo cortante que está a deitar sangue. Vou tratar agora da ferida. Não te preocupes, estou bem”.
O sangue que lhe escorria pela perna, no mesmo momento escorria em mim pela alma, como qual liquido caprichoso que teimava em escoar da cabeça para os pés. O coração parou de bater por um momento que pareceu uma eternidade, perdi o controlo sobre a minha própria mão que largou, no que pareceu uma queda parada do rosa do telemóvel em direcção ao verde da carpete.
(estou a perder o controlo não estou?)
Levantei os olhos para o espelho em frente. Vi-me em estátua de rua; pele de um branco pálido, bochechas mortas de corado, lábios roxos, olhos presos e gelados e de coração em coma.
Os movimentos e os sons pareciam acontecer a uma velocidade anormal, ia jurar que as leis do tempo tinham tirado férias e que tudo se passava em câmara lenta. Iria jurar que me via de fora de mim, agarrada á parede para as pernas não vacilarem.
O que devem ter sido segundos pareceram demorados minutos; finalmente tomei consciência que estava a suster a respiração e a tontura a invadir-me o equilíbrio como um parasita. Controlei-me.
(respira Andreia, ar para dentro, para fora, para dentro…)
Depois da racionalidade ser recuperada e um pouco de cor à cara, a cama pareceu-me uma boa alternativa ao roçar das unhas vermelhas na parede amarela com a força com que me agarrava; consegui sentar-me e agarrar o telemóvel.
Quando hoje penso nesses dois minutos, acho que fui demasiado lenta, que devia ter ido a correr, que devia ter ligado logo, que devia ter ido a correr para o centro de saúde, que devia ter feito tudo e não fiz nada.
(foi pânico)
E se a ferida for muito profunda? E se ele não está bem e mentiu para não me preocupar? E se infectar? E se tiver apanhado alguma doença grave? E se estiver agora a caminho do hospital?
(fui atacado e tenho a perna a sangrar é bastante vago e preocupante para uma namorada dedicada como eu)
Tentei controlar-me de novo, procurei respiração e oxigénio com origem no abdómen e não no diafragma como tinha aprendido no yoga e focalizei a minha atenção toda na tecla 1; premi-a para a marcação rápida do número dele.
- Pii…Pii…Pii…
Os “pis” aumentavam e os “tum…tum” do coração também.
(atende por favor, atende, diz-me que estás bem).
- Amor? ‘Tás bem?
- Linda? Eu estou bem, não te preocupes.
Deixei mais uma vez o ar que tinha retido nos pulmões escapar de uma só lufada pela boca, como ladrões de sossego a fugir da prisão; os “tum tum” voltaram ao normal.
(ele está bem Andreia, vês? Não há motivos para preocupações…não há, pois não?)
As horas seguintes foram dilacerantes, enquanto ele corria da esquadra para o centro de saúde e controlava o seu próprio descontrolo; eu lutava contra a minha capacidade de abstracção.
(Não penses mais nisso Andreia, concentra-te no estudo…ele está bem!) tentava convencer-me.
As permutações, os arranjos, os gâmetas, a meiose; formulas matemáticas complexas e conjugações aleatórias de biologia que mudaram mundos, pareceram pequenos ao lado da importância do seu bem-estar. O coração tem destas coisas.
Tornei-me São Tomé em que apenas importa “ver para querer”. Por longos telefonemas, ele repetia-me interminavelmente com a convicção de quem é o salvador e não a vitima que tudo estava bem; pareciam papéis invertidos no teatro.
(devia ter tido forças para o apoiar e não ele para me sossegar)
(não passou de um susto, pois não?)
Nessa noite, a inquietação e a dor no dedo dorido da queimadura, tiraram-me o sono por completo.
Na manha seguinte fiz tudo com a rapidez que devia ter tido no dia anterior em vez de paralisar, vesti uma perna das calças enquanto lavava os dentes e arrumava os livros. Comi pouco e enquanto já caminhava para a escola, ouvi raspanete da mãe sobre a importância do pequeno-almoço e boas noites de sono, mas saiu mais depressa por ouvido do que tinha entrado pelo lado contrário. Apenas tinha a alma ligada para uma coisa. Esperei ansiosamente no portão, sabia que ele devia estar a chegar.
(Finalmente chegou)
Mesmo antes de virar a cabeça na direcção do seu riso, já sabia que estava a chegar; pela voz, pelo discurso leviano e bastante descontraído que fazia do assalto aos colegas, pelo perfume que raramente usa e pelo bom dia que soou mesmo por detrás do meu ombro.
(ele está bem…ele está bem…sorri)
Os músculos da cara obedeceram, sorri com a preocupação a sair-me pelos poros e o alívio a devolver-me a cor aos lábios. Apertou-me com força o que me expulsou as palavras que estavam por debaixo da língua:
- Para a próxima que me pregares um susto tão grande, bato-te.
Ele sorriu, eu sorri. Na noite seguinte dormi perfeitamente, com um sorriso no coração e um penso no dedo queimado.
p.s. os estudos dizem que 60% das vitimas de assaltos e ataques na rua não apresentam ocorrência do crima, o meu namorado foi nessa mesma noite à esquadra mais próxima e eu admiro-o por isso.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

.facto nº1

qual é o stor que em dia de plena greve e a escola toda fechada (isto diga-se sem salas de aula abertas) obriga a turma a fazer teste no refeitório?


(turmas de informática ts ts ts)

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

.estudo do nu


Essa linha que nasce nos teus ombros,
Que se prolonga em braço, depois mão,
Esses círculos tangentes, geminados,
Cujo centro em cones se resolve,
Agudamente erguidos para os lábios
Que dos teus se desprenderam, ansiosos.

Essas duas parábolas que te apertam
No quebrar onduloso da cintura,
As calipígias ciclóides sobrepostas
Ao risco das colunas invertidas:
Tépidas coxas de linhas envolventes,
Contornada espiral que não se extingue.

Essa curva quase nada que desenha
No teu ventre um arco repousado,
Esse triângulo de treva cintilante,
Caminho e selo da porta do teu corpo,
Onde o estudo de nu que vou fazendo
Se transforma no quadro terminado.
[José Saramago - Poemas possíveis]
Não sei que mais dizer para te fazer querer mais e mais do que sinto por ti. Talvez um dia apareça por aí a palavra indicada que eu te sussurre ao ouvido e tudo parece mais leve, mais colorido. Que esta sensação de word-less desapareça, que este peso excessivo no coração se vá embora e consigo leve os medos que tenho de amanhã já não te ter. Este peso de ter algo para te dizer, que vou explodir por ti e não conseguir depois dizer nada.
Afinal de contas o amor é assim mesmo, without-words-to-descrive; mas talvez um dia...~
p.s. sobre ti, vou fazer o maior e melhor estudo do nu

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

.as dez perguntas da minha vida


Desde pequena que sempre fui uma cachopa dos "porquês". "Oh mãe porquê isto, oh pai porquê aquilo..." não interessava o assunto, sendo adequado para criança ou não, eu queria sempre saber a resposta para tudo (e acreditem que não tinha papas na lingua para perguntar o que quer que fosse).


Hoje continuo a mesma pessoa questionadora, senão sei o porquê das coisas simplesmente não as faço ou não as compreendo totalmente e isso deixa-me extremamente irritada. Não me basta saber que dois 2+2=4 mas preciso de saber a explicação matemática para 2+2=4 e não 5. É uma mania um pouco irritante, eu sei, mas não consigo evitar.


A pergunta sobre a qual todo o meu mundo girava quando era pequena era : Porque é que o cabelo das bonecas não cresce como o nosso? Agora, as perguntas que me assombram são bem diferentes.


1. O amor é só uma desculpa biológica do nosso cérebro para ter sexo ou é algo mais?


2. Porque é que faz sempre bom tempo no fim-de-semana e um tempo terrível à segunda-feira?


3. Porque é que os namorados de tempos a tempos discutem forte e feio sem motivo ou razão aparente ou com pelo menos algum nexo?


4. Se nós (mulheres) somos o sexo forte, porque é que eles é que mudam o pneu do carro, carregam as compras e mudam as lâmpadas em casa?


5. Como é que nunca somos capazes de nos recordar do aniversário das pessoas até ao momento em que a vimos à frente dizemos um milhão de coisas com muita estupidez matinal pelo meio e de repente: Ahhhh fazes anos :O ?


6. Porque raio de maldição é que os tampões só dão para usar em dois dias para aí dos cinco do período?


7. Porque é que eles (homens) andam todos nus nos balneários, tomam banho todos juntos e ainda partilham urinois com uma miniatura de parede no meio; e nós (mulheres) temos de ir para a casa de banho do balneário só para não trocar de camisola à frente das outras?


8. Porque é que os orgasmos são tão efemeros?


9. Porque é que nós gastamos fortunas em guarda-chuvas se dois dias depois da compra eles morrem uma em quatro

1. as varetas partem-se todas enquanto entretanto começa a chuver torrencialmente em cima do nosso penteado novo a caminho do encontro com o namorado

2. perde-mos o dito cujo em algum metro, comboio, escola, ginásio... (eu consigo perder chapeús de chuva como quem como rebuçados)

3. quando saimos da loja do chinês com a nossa bela nova aquisição, vem uma rabanada enorme de vento e rasga o tecido todo ao meio

4. partem-se as varetas, rasga-se o tecido mas aquilo ainda tapa um bocadinho de chuva até ao momento em que o perdemos numa estação de comboio ?


10. Porque é que toda a gente diz que as mulheres são umas cabras umas para as outras, se são os homens que namoram sempre com a ex-namorada do melhor amigo?


Para quem souber responder às perguntas, vai o prémio de "O sabedor das dez perguntas mais"; procuram-se concorrentes, deixem as vossas respostas super originais nos comentários.


Algumas sugestões:
p.s 1 - acredito que é um pouco das duas
p.s. 2 - se souberem a resposta desta, agradecia mesmo saber
p.s. 3 - esta também gostava de saber, porque acontece-me demasiado frequentemente
p.s. 4 - o sexo forte não trabalha, descansa
p.s. 5 - não faço a minima mas é um sindrome do qual eu sofro
p.s. 6 - é uma pergunta de raiva e indignação
p.s. 7 - muito gostam eles de andar ali com a salada a badalar
p.s. 8 - epa não sei mas odeio quem saiba
p.s. 9 - sem dúvida que é o unico objecto onde todos gastam dinheiro, todos se arrependem de o ter gasto uns dias depois e passado outros dias estão a gastá-lo noutro objecto semelhante
p.s. 10 - conheço bastantes casos assim e gostava mesmo de saber porquê esta fama das mulheres

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

.funerais de almas

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No minimo que fazes,
Assim em cada lago a tua lua toda,
Brilha, porque alta vive.
Ricardo Reis - Ode
Cada vez mais se torna dificil ser inteira, ser completa. Sou cada vez menos, e cada vez consigo pôr menos no que sou...(morri). O minimo que faço nem o sei, o máximo esse... esse parece que nunca chega para nada. Nado aos circulos sem chegar a lado nenhum! (morri)
Parece que não sou boa o suficiente, isto ou aquilo suficiente (se calhar não sou mesmo)...não sirvo nem para o minimo quanto mais para os sonhos concretizar.
Sabem que mais? Morri! Enterrem-me e digam-lhe a ele que o amo do fundo do coração.
(morri)
(a respiração falha)
(finalmente deixei-me de não ser suficiente)
(morri)

domingo, 11 de novembro de 2007

.let's plugg in our bodys


Tens um poder electrificante em mim, qual carreirinha de electrões descontrolados que circulam dos teus poros para os meus. Sinto tua mão pousar no meu seio, e a corrente eléctrica atravessar-me o corpo; de uma voltagem tão alta que me matava de amor. Estremeci. Estrebuchei, nos teus braços, de prazer.

És o meu ânodo de deleite, fazes-me reduzir ao pó dos teus ossos e à simplicidade dos teus braços energéticos. De ti, recebo voltagem, recebo amor, recebo energia; sou eléctrica em ti, onde cada pedaço de pele te deseja e cada pêlo se levanta, eriçado e arrepiado, na tua direcção.
Já não saberia o que fazer sem a tua semi-célula de nós dois, onde me deixas despida de roupa e pudor, tremendo de frio no escuro, onde apenas tu me aqueces com o calor que me prometeste.


Com beijos tentas cobrir o próprio corpo nu que fizes-te de mim, momentos antes.

Pensas que desgosto esta constante reacção catódia-anódica que somos os dois?! Pois bem, enganas-te. É esta troca fixa de energias e intimidades que me mantêm viva, sou meia-morte quase zombie quando tu não estás aqui, teus choques eléctricos são a única coisa que ainda mantêm vivo o meu coração adormecido.

Pum pum…pum pum…

Sim… (gemido) Eu quero que voltes a pousar tua boca no meu umbigo, quero que embacies a pele como um vidro no Inverno, quero que me engulas a língua com a tua boca enquanto me prometes que vamos ser quimicamente compatíveis…pelo menos até ao final da noite!
p.s. é o que dá estar a pensar em ti, enquanto estudo quimica

sábado, 10 de novembro de 2007

Quando uma aliança se aproxima, o homem foge...

Já me tentei inteirar de todos os argumentos e mais algum para convencer o meu namorado a usar alianças de compromisso, mas parece que nada resulta.
Não resulta segurar a X-box fora da janela do terceiro andar, não resulta fazer greve de contacto físico e beijos ou qualquer coisa que implique ser namorados, não resulta ameaçá-lo de comer pêssegos (aos quais é extremamente alérgico), não resulta apontar perigosamente um martelo ao seu querido PC e muito menos resulta ter os seus queridos cd's de pink floyd a derreter em cima dos bicos do fogão...
Garanto-vos que isto é de por uma rapariga doida, porque realmente não compreendo que ataque epiléptico é que ele tem quando falo (ou apenas toco levemente) no assunto das alianças; barafusta, diz que não, e mais que não ainda e torce a cara toda (só falta espumar da boca).
Talvez os homens tenham algum tipo de dispositivo anti-compromisso-sério-que-envolva-mostrar-que-se-é-realmente-comprometido-usando-uma-aliança, instalado nas suas "caximónias" que fazem disparar uma série de clichet's já preparados por outros homens para evitar qualquer tipo de contacto entre as alianças e o dito cujo dedo (da mão direita claro que a coisa não é assim tão séria).
Este dispositivo deve permitir-lhes que assim que a palavra aliança entra num raio de 5km de proximidade, disparam:
1. Oh querida, mas nós não precisamos disso para provar o nosso amor
2. Que foleirisseeee!
3. Ohhh, eu tenho lá cara de gajo que usa aneizinhos (típica)
Enfim...comprometidos que andam por aí, tenho a certeza que muitos compreendem o meu problema.



p.s. agora no final deste texto ocorreu-me uma solução que talvez resulte, ameaçá-los que vamos deixar de fazer a depilação, arranjar o cabelo, usar o perfume (que os deixam loucos) e usar lingerie sexy...acho que isso já é capaz de convencer até os mais persistentes!

p.s.s o texto está mais uma vez extremamente generelizado para ser mais dramático, os homens que por ai andam que não se sintam insultados, que o insulto é unicamente para o meu namorado

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Droga? Nhec's, pêlo é que é d'Homem!

Quantos homens e rapazinhos não se tracam às escondidas da mãe na casa-de-banho, pegam na gilette corajosamente e rapam tudo o que restia de pêlo no corpo? Pois bem, hoje em dia, são cada vez mais. Claro está que ainda há os verdadeiros corajosos, que se atiram de cabeça às bandas de cera numa qual acção honrosa à dor das mulheres há já muitos anos com a depilação a cera.

É nas pernas, é no peito, é nas axilas, é um jeitinho nas sobrancelhas ( e para os corajosos, as virilhazinhas também). É a desculpa da natação profissional e de reduzir o artrito à água, é o futebol profissional e os cremes que têm de pôr nas pernas, é a desculpa do bronzeado e bom aspecto para a praia; enfim, há tantas desculpas para os homens fazerem a depilção como sitios onde fazê-la.

Não sou totalmente contra a depilção nos homens, eles têm tanto direito como nós (mulheres) de tirarem alguns pelinhos mais incomodos pelas razões e formas como muito bem entenderem. MAS vamos lá a ver se acentamos uma coisa extremamente importante!

Depilação não implica ficarem carequinhas como bébes, com peles mais limpas e macias que as nossas -.- Uma axila ou outra sem pêlos assim no verão quando faz calor, e aquilo com a transpiração não cai bem, e se fazem desportos profissionais ou para a praia, tudo bem; aí ainda passa. Agora qué feito dos peitos peludos onde nós (mulheres) podemos embaraçar os nossos dedos, ou das pernas perfeitamente e peludamente másculas?

Eu cá como mulher, só tenho a dizer que macacos não obrigado (esses podem ir tirar um pelinho ou outro); mas gosto cá dos homens ao natural, com pelinhos, barba e peitorais que é como devem ser.

Porque afinal, droga?? Naahh, pêlo é que é de homem!

p.s. peço desculpa a qualquer homem a quem fira a sensibilidade, é apenas uma opinião

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há...


Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.


Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?


O amor é uma coisa, a vida é outra!!!


O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. O amor é esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.


O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor.


O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente.


O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha – é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.

Miguel Sousa Tavares - Expresso



p.s. faço deste texto a minha bíblia, acredito nele piamente e sinto-me mesmo concretizada por aindaser das pessoas que têm um amor louco e desenfreado que a toda a hora me faz sorrir. Viva...viva o amor!

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

.quem não gosta, não come e mete na borda do prato!

Pessoas que insistem em ver coisas em mim que são mentira, que eu não sou assim. Magoa-me muito e não direi que não. Que me fazem chorar vezes sem conta por me atirarem à cara coisas que espero nunca ser e muito menos o sou agora. Pessoas me dizem para seguir em frente e não ligar, não consigo. Magoa.
Talvez a culpa seja minha e não me mostro totalmente o que sou, levando as pessoas a pensar que sou o que de mais mau pode existir e eu penso: não sou assim. mas talvez seja e não o saiba? Cmo saberei? Pois bem, quanto ao estragarem a minha auto-estima, isso ja' conseguiram parabéns!
Por vezes gostava de puder dizer: quem não gosta, não come e deixa na borda do prato; mas não consigo porque não sou assim, magoa.
Um até mais lgo a essas pessoas que agora até o contacto diário parece dificil!
Um até já bem comprido...



agradecimentos: ele&ela

domingo, 28 de outubro de 2007

There are some thing's that money can't buy

Hoje estreia-se uma nova rúbrica, "Os anúncios que marcaram, mesmo sem ter vendido nada!" e aqui vai o meu primeiro eleito:










Se isto não é anúncio do bom, o que é hein? Os anúncios dos danoninhos extra gigantes ou aqueles que dão no meio dos morangos ainda mais estúpidos que os morangos?!
Argumentos que me levam a coroar este anúncio com o prémio "Melhor anúncio banido/cómico" e depois digam senão é um anúncio completo em termos de temáticas:

1. criticam a atitude masculina. o rapaz 'e corajoso, quase todos os rapazes pensam naquilo e quase nenhum consegue verbalizado à namorada; tem tomates o homem hein?
2. e a feminina. a rapariga deve estar habituada à coisa, porque pelo menos se fosse comigo eu não reagia com aquela calma toda e com a frase escrita na cara: Epa é só mesmo porque aqui no Hall está muita luz e eu desconcentro-me, mas até que calhava bem
3. conseguem fazer uma espectacular ligação entre um cartão de multibanco e a bela vida pseudo-sexual dos dois gaiatos
4. faz uma critica super profunda às velhas frases de engate "but i love you so much..." que parecem nao sair de moda como as calças de ganga, e como ainda há gajos que realmente acreditam que essas "lines" resultam
5. o pai da rapariga não sei se tinha sentido de humor, até porque nenhum pai deste mundo concordaria em qualquer actividade que envolvesse meter a piroca na boca da sua filhinha querida...mas os plubicítários que escreveram o anúncio, sem duvida que têm muitoooo humor!
6. faz-nos ter pensamentos ilucidativos da vida, fez-me pela primeira vez reflectir acerca da origem da palavra "blowjob" e pá quem não sabe ora bem que temos uma coisa profunda: "blow" - soprar e "job" trabalho, logo tiramos a conclusão que encher balões também pode ser um blowjob "Oh filha faz aí um blowjob nos balões cor de rosa pa festa da tua irmã"


Num próximo post teremos os restantes vencedores das outras categorias deste concurso.
Porque afinal quem sabe fazer anúncios, não faz nínguem comprar nada, mas faz muita gente rir ao desbarato!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

.as (outras) dez coisas

Depois de escrever e ler os comentários das pessoas ao meu post anterior "As dez coisas que irritam uma mulher",pus-me de novo a pensar no assunto profundamente e resolvi ver o lado positivo. E portanto, aqui vos deixo também para mulheres e homens:

"As dez coisas que fazem uma mulher feliz"

1. As frases de engate. Sim, meus homens, as mulheres (ou a maioria) gostam de ser engatadas; umas no bar, outras com rosas, outras com conversa fiada acerca da banda pop que elas tanto admiram, ou através das horas intermináveis que o homem passa na Zara para fazer as vontades à mulher, umas engatadas à bruta outras com jeitinho. Nós gostamos (não vale a pena mentirmos mais minhas senhoras). Qual a senhora que não se derrete toda com a velha frase: tu não és bonita como as outras, és linda!
As mulheres (e vamos ver se isto fica acente) gostam de ser elogias e de ser alvo de alguns piropos mansos, somos necessitadas nesse aspecto, é verdade! Mas garanto-vos o homem que souber dizer a frase certa na altura certa, têm-nos de bandeja.

2. Tampões. Digam o que disserem, os tapões são a melhor invenção de sempre e tenho dito. Quais sanitas com autoclismo Xpto que não dá mau cheiro (cheira mal na mesma), qual electricidade (que está sempre a falhar cá em casa), quais computadores, maquinazinhas e chip's (que estão sempre a avariar cá em casa), quais vibradores, preservativos de latex hiper mega super forte, quais que.
Vejamos as vantagens da invenção dos tampões: não se estragam/estraviam com o passar do tempo, não têm prazo de validade, fáceis de comprar, permitem e favorecem a prática de desporto, natação, praia, campo, foda e tudo o mais naqueles dias terríveis, promovem também a minha aprendizagem a matemática (que com o periodo é dificil concentrar me na voz irritante da stora) e um afim de mais coisas. Com aplicador, sem aplicador, super absorvente ou mini para os dias leves não interessa, é tampão e merece prémio por isso.
Não compreenderam ainda homens? Pois bem um exemplo, basicamente o tampão permite que a vossa namorada nao tenha mau humor durante os 5 dias mas apenas durante 4 e meio

3. Se a anatomia de Grey não faz todas as mulheres felizes, então não sei o que é. Ver a anatomia, é ver-me, é ver as atitudes tipicamente femininas em contraste com as masculinas. É ver a constante guerra dos sexos, em que todos se espicassam e discutem e não se amam, mas todos acabam a fazer amor com todos e amar-se e tudo o mais. Os dilemas constantes de Meredith, Cristina e Izzie; fazem-nos a todas suspirar de alivio e pensar: Não sou a única com a dúvida existencial entre deixá-lo ou recomeçar de novo a nossa relação!

4. Saldos no verão, promoções, descontos, vales de compras, copões da galp que dão para comprar um baton, saldos no inverno, promoções antes dos saldos, saldos no outono, no natal, nas páscoa e no dia da àrvore se for preciso.
Basicamente são esses os dias em que uma mulher é realizada enquanto mulher e pensa:Se for aos saldos comprar as coisas para a proxima estação, poupo dinheiro! (é mentira, acabamos sempre por gastar mais nos saldos) mas também quem disse que a ignorância e a ingenuidade não dão felicidade?!

5. SOTIENS almofadados, wundebroa, com caixa, duplo revestimento e alças tal e tal. Não preciso de me especificar dizendo que esta foi a melhor invenção a seguir ao tampão, e que faz tanto a felicidade de mulheres como de homens...

6. "Toma querida, uma rosa é para outra flor". Senhoras, alguma vez vos ofeceram rosas só pelo vosso valor, ou só porque é segunda ou porque é outono? Pois bem, acreditem quando vos digo que é a melhor sensação do mundo, faz-nos sentir realizadas, valorizadas e apreciadas enquantos mulheres.

7. Vão juntas para a casa de banho, saiem à noite para o engate juntas, fazem os tpc's juntas, contam tudo uma à outra, passam tardes na casa uma da outra, passam noites na casa uma da outra, deixam 10 comentários no hi5 a dizer coisas que ninguém compreende, riem-se juntas, choram juntas. Coisa que os homens nunca compreenderão, é o conceito de Melhores Amigas, que nós mulheres sem aquela(s) amigas não somos nada.

8. Mãos húmidas. Se há coisa que nos faz felizes(ou direi antes aliviadas) é ver que o nosso namorado volta com as maos húmidas da casa-de-banho...(presumindo que isso quer dizer que lavou as mãos).

9. Clitóris. Vá não digam que não meninas, eles não têm e martirizam-se a toda a hora por isso. Afinal, nós é que sabemos o que é bom!

10. Todos os 9 pontos anteriores são importantes para a felicidade de uma mulher, no entanto, pretendo terminar com o mais importante, ser amada! Uma mulher amada e que ama de verdade é diferente, caminha de forma diferente e fala de forma radiante. Uma mulher que ama uma luz ofuscante, os olhos brilham e o sorriso parece sempre perfeito. A pele fica resplandescente, o cabelo varia de tons com o sol como lhe apetece; toda a roupa fica bem a uma mulher que ama. Por isso, o que realmente fazem felizes as mulheres é terem amor.


Este post é como sempre generalista e exagerado, no entanto, com fundamentos verdadeiros.

Agradecimentos: Edu

domingo, 21 de outubro de 2007

Peaceful Warrior

- Dan, onde estás?
- Aqui!
- Quando?
- Agora.
- O que és?
- Apenas e só este momento.


É com este diálogo que termina um filme que me tocou verdadeiramente. Uma mistura de coragem, força e muita, muita fé em algo que nem o próprio acreditava existir; fé nele próprio. Dan Millan, um jovem atleta com uma vida maravilhosa e com tudo o que o poderia fazer feliz; mas não o é. Até ao momento em que se cruza com um velhote misterioso de uma bomba de gasolina, e a sua vida muda para sempre.

Uma lição de vida baseada em factos verídicos, que nos transmite uma mensagem forte, que me levou a chorar e rir ao mesmo tempo em todos os momentos do filme. Para além do extraordinário papel interpretado por Scott Mechlowicz, adorei a forma como o filme nos traz as mais complexas bases da filosofia para o quotidiano das nossas vidas, onde apenas e apenas só três conceitos essenciais importam:

1. Paradoxo - A vida é demasiado complicada, não percas tempo a percebê-la.
2- Humor - Mantêm o teu sentido de humor, ri de ti próprio e conseguirás ultrapassar tudo.
3 - Mudança - Nada, mas mesmo nada é imutável.


Com estes três ensinamentos básicos como leis fundamentais, Dan vai ultrapassar todos os possíveis ao conquistar o ouro nos Olimpicos depois de um terrível acidente de mota que o deixa com uma das pernas desfeita. No entanto, Dan apenas voltará a competir não pelo ouro, mas pelo amor à ginástica, porque afinal, o que importa não é o que vais ser, mas o quem és agora.
E o que tu és agora, é o momento que vives, este agora e este e este também.

Porque nada na vida é banal!



p.s. aconcelho mesmo o filme a pessoas que gostem de uma certa profundidade na vida e filosofia de felicidade

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Frágil. Virar a caixa com o topo para cima!

Nunca vi coração mais frágil que o meu. Sabem os copos de cristal, numa caixa de madeira com a etiqueta: "Frágil! Cuidado com o transporte"?!
Gostava que ele me desculpasse, por eu usar todas múltiplas armas que pareço ter para o atacar, sem motivo, pelas costas, de olhos vendados de lágrimas. Desculpa-me.
Quem disse que o tempo cura todas as cicatrizes no coração, não pode saber do que fala, penso. O tempo apenas ajuda que a cicatriz, antes ferida aberta, feche rudemente sobre os sentimentos (não) mortos e que os pontos dados arranhem ainda mais, e no fim...que faz o tempo? deixa uma cicatriz feia de pele rosada(morta) e enrugada que magoa quando o coração trabalha.
Eu queria tanto que ele me compreendesse, mas torna-se complicado com cicatrizes deste tamanho acreditar em amores que movem conficções e ultrapassam universos paralelos, desculpa-me.
Mas se estamos numa de atribuir culpas, a culpa é de quem veio esfaquear corações antes de o conhecer, a ele, que me cura (quase) tudo de mal, que me beija as cicatrizes com convicção que sou o amor da vida dele, que me lava os males com as lágrimas doces. A culpa é dos outros, gaiatos sem consideração por corações.
Sou um coração de cristal na caixa errada, onde a etiqueta diz: Sou forte e resistente, e sorriu a maior parte do tempo!" Enganaram-se, eu sou tanto como os outros cristais, se virar a caixa um pouco, parte tudo por dentro... (mesmo com um sorriso por fora)
Desculpa-me!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

.as dez coisas

Para muitas pessoas isto pode parecer um post despropositado e sem nexo algum(excepto para as mulheres). No outro dia estava a pensar no assunto e decidi postar a lista

"As 10 coisas que deveras irritam as mulheres (onde me incluo)"

1- Vamos lá a ver se nos entendemos numa coisa, existe uma coisa chamada TPM ( e não, não é nenhum jogo acabado de sair para a PSP 3600 e o crlh; e não, não é o nome do último bar que abriu nas docas) mas é o que mais nos enferniza a vida, a nós mulheres.

Homens deste país, oiçam o que vos tenho a dizer, as mulheres são mulheres, têm vagina e portanto hormonas que não têm o minimo respeito ou consideração por nós, atacam pelas costas e sem aviso. Portanto quando uma mulher vos mandar (literamente) à merda, das duas uma; ou vos está literalmente a mandar à merda ou no momento a seguir vos vai sorrir com uma cara de santa e dizer:Querido, hoje apetece-me fazer amor!
E estão vocês homens a pensar: Tipo bipolaridade?. Epa não, é mesmo mudanças de humor devido ao ... ao que? ...(pensem bem que eu já disse) ao TPM, aí está. Portanto, homens, parem de nos foder a cabeça só porque vos manda-mos à merda à cinco minutos e depois vos "fodemos".

2- Se há coisa que não compreendo é a falta de mulheres na política. Observem comigo; somos mais astutas e desenrascadas, temos melhores capacidades em relações inter-pessoais e na comunicação em várias linguas em geral. Vivemos mais tempo, somos mais saúdaveis, comemos melhor, mijamos em sanitas e lavamos as mãos e somos ecológicas. Somos mais discretas mas infalíveis ao mesmo tempo, e ainda por cima, fazemos isso tudo com saias super justas, sotiens que parecem corpetes e saltos altos! Agora digam-me, quem melhor que mulheres para governar os homens?

3- Há duas coisas básicas a qualquer mulher que me deixam deveras indignada: o aumento do preço nos vernizes da sphora e o facto de estes cada vez durarem menos nas unhas até ficarem todos fatelosos; e o facto de: ah vi um casaco muito giro na Zara; passam dois dias e vamos à loja e já não está à venda o dito cujo, perguntamos por ele e dizem-nos: Ah isso ja´é da estação anterior! (e com cara de quem não percebe nada de moda)
'Dass, se fosse homem quaisquer calças e camisa com 15 anos serviam e era super fashion.

4- DEPILAÇÃO. Parece-me óbvio que gosto muito mais de ver mulheres sem pêlos do que todas francesas, é mais sensual e estético. Mas...quem são os homens para dizer: Ah e fazeres o buço?
Quando eles andam com barbas por fazer de 4 dias, pêlos no peito que dá para fazer almofadas e fazer cicatrizes só por os beijar-mos (com a barba de 5 dias, emendo).
E depois ainda há as mulheres (cegas só pode) que dizem: Ah eu até gosto dele ao natural! :O


5-Este é sem dúvida o ponto mais delicado de toda a lista, no qual eu reflecti imensas vezes.
Mulheres, não se sentem deveras deprimidas quando vão na rua com o vosso namoro e se cruzam(para vossa infelicidade) com aqueles cartazes de publicidade à Triumph com a Claúdia Vieira e o vosso namorado faz aqueles olhos (vocês sabem quais) e vocês olham po vosso decote e pensam pesarosamente: Epa em termos de mamas, não há justiça neste mundo pois não? (epa é que sinto)

6- Comer três croissant's de chocolate, um palmier, um swirl, uma tigela cheia de chocapic, tudo na mesma tarde; e no dia seguinte pesarem mais dois quilos e o vosso namorado ainda dizer: Essas calças tão te mais justas, não estão querida?

7- Não existirem ginásios apenas para gajos "bons" e eu não ter o passe especial para assistir às aulas -.-

8- Não ser seguro andar sozinha nas estradas mais suspeitas e ruas vazias, sem que passem uns quantos e tipicos "homens das obras", apitem com toda à força, abrandem e berrem com toda a força: Um cu desses não devia andar sozinho na rua! (experiência própria :S )

9- Estarmos sempre rotuladas como "Más e perigosas condutoras", eu ainda não tirei a carta e a tenho a certeza que conduzo melhor que muitos que aí andam nas estradas, que metem a mão na coxa da senhora, a outra a segurar o telemóvel e conduzem sinceramente não sei bem com o que.

10 - Por último, nós não somos futeis, nem vaidosas, nem cuscuvelheiras. Nós temos é o sentido de estética e boa apresentação (coisa que muitos homens não parecem ter) e preocupamo-nos com as pessoas que nos rodeiam (os homens sabem sempre como foi a noite escaldante do amigo com a namorada, agora quem são os cuscuvilheiros?).

Para finalizar, devo dizer que me irrita deveras que me mandem calar porque já estou a ter uma conversa demasiado elaborada -.-


(Mulheres, está um pouco exagerado mas concordam com muitas das coisas não?)

(Homens, não fiquem ofendidos,só fui um bocadinho "femininista")

p.s. peço desculpa a qualquer ofensa que este post possa causar em mentes sensíveis, mas... apeteceu-me

domingo, 14 de outubro de 2007

. fazes-me (tanta) falta




"E nunca me aproximei tanto do teu corpo. O teu cheiro surpreendeu-me pela delicadeza e pela névoa erótica. Encostei o meu braço ao teu e comecei a transpirar. Sentia uma vontade enorme de me desmorenar em ti. Não, não era fazer amor. Fazer amor não existe, porra, o amor não se faz. O amor desaba sobre nós já feito, não o controlamos! Também não era foder, fornicar, copular - essas palavras violentas com que tentam rebentar o amor. Como se fosse possível. Apenas queria oferecer-te o meu corpo para o absorveres no teu! "
Inês Pedrosa - Fazes-me falta

quantas miudas pequenas, gaiatas no seu esplendor, não sonharam noites a fio com o mesmo que eu. já lá vão os anos que a pequena criançada em mim, acreditava em princepes e princesas com uma naturalidade que lhe era intrínseca. sonhar era-me natural, sonhar com o amor verdadeiro ainda mais.
quantas miudas pequenas não sonharam com aquele amor que oferece flores só porque é segunda-feira? só porque é outono? não me gozem, toda a gente sonha com isso.
deixei de acreditar em contos de fadas que rematam sempre com "felizes para sempre", mas ... e se ... o para sempre for até amanhã? podemos então viver um conto de fadas, meu amor?
este excerto do livro, diz tudo do que eu penso do amor. reli-o vezes sem conta, noites a fio na cama sozinha, fria, pensava nas frase; resaltavam na minha cabeça sem ordem ou respeito pelo meu coração. o amor que agora vivo, bateu-me bem forte. concretizei o meu sonho de miuda e vivo o romance que sempre ansiei de coração. Não me gozem, toda a gente deseja isso, em gaiatos ou não.

se o para sempre for até ao próximo roçar de lábios ou tocar de mãos, as histórias de amor ainda podem ser para sempre não? Claro que sim!

apaguei de mim o " ...para sempre" para apenas deixar no coração "Serão felizes..."
p.s. aconcelho o livro, é espectacular

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

eternamente coldplayiana

aula de português. Um pedido muito simples e constructivo para a aula seguinte, por parte da professora. Tragam um cd com a vossa música preferida, para mostrarem à turma e falarem dos sentimentos que essa música vos transmite e de como ela vos faz sentir. Pensei que seria uma escolha fácil, músicas há muitas, mas especiais contam-se com dificuldade pelos dedos da mão.

Vim todo o caminho de casa a vasculhar no meu coração e imensa memória musical, as melodias que mais me encantavam, que me faziam sorrir nos dias cinzentos em que chove quando vamos para a escola e chegamos com os livros de capa amolecida e cabelo escorrido; ou aquelas que nos fazem chorar de sentimento quando as lágrimas já tinham saudades da minha cara.

Vasculhei bem lá no fundo, e deparei-me com muito poucas músicas que conseguissem ter esse efeito em mim. Não escolhi a primeira, pois embora adorasse a música, era maçã. Era fruto proibido!
O que pertence ao passado, ai deve permanecer sem ser perturbado, pois se levasse essa música ainda choraria no meio da aula(os ex são sempre fantasmas que nunca saiem de nós).

Depois ocorreram-me outras, mas eram demasiado intimas, privadas, apenas fruto de mim e mais nínguem. Músicas pelas quais nos apaixonamos loucamente, trocando mensagens loucas de amor nos momentos mais escondidos...paixões que nunca sobem à luz do dia.

Por último pensei: Coldplay! Sim, isso sim, seria uma boa escolha para mostrar à turma do que sou feita e do que me faz simultaneamente sorrir em dias de chuva e chorar em dias de sol. Coldplay desenhou sorrisos em mim que nunca viria a sonhar que fosse possível. Coldplay é uma optima escolha, pensei. Sorri contente.

(pensei mais um pouco e de novo o sorriso se apagou)

Como é que vou escolher uma música em três albuns que adoro por inteiro? Que dor de cabeça, que dor de coração. Passei toda a noite pensando nisso, que música? qual? a calma, a agitada, a rebelde, a romantica, a apaixonada, a revoltada? Cruzes, tanto por onde escolher e eu sem saber.

Acabei por me decidir pela que me fazia fechar os olhos na rua e esquecer as pessoas, por aquela que me fazia recordá-lo, pela que me fazia escorrer pequenas lágrimas e pensar: Fodass, sou feliz!


(com prazer, apresento-vos: Coldplay- I see you soon)

terça-feira, 9 de outubro de 2007

queria tanto lavar-me de ti com água que limpa tudo


Não me olhes assim; porque me olhas assim? Continuo a ser quem fui, a ser quem sou. Por que me tomas, hein? Uma pessoa instantânea, quase gelatina que está pronta em uma hora e muda de sabor quando queres?

Quem pensas que és para me julgar? Tu, sim tu, sua pessoa transitória quase momentânea que muda de personalidade como quem muda de rebuçado…chupa…chupa, está gasto, mete outro á boca. Porra, que me desiludiste. Nunca te pensei tão camaleão, pensei que eras simétrico, igual, geométrico, que ficarias ali para sempre e para sempre seríamos companheiros. Porra, como fui estúpida.

Tenho uma questão. Ajudas-me com a resposta?

Se as pessoas se continuam a magoar umas às outras, porque continuamos sempre com uma esperança demasiado risonha e a pensar “esta pessoa agora é que é para sempre”? Sou eu que sou demasiado negativista ou nós somos todos estúpidos? Eu, de certeza, que fui estúpida por ter acredito em ti! Meu deus, como eu gostava de te conseguir espezinhar, partir aos bocadinhos e deitar fora como tu me fizes-te. Mas não consigo, infelizmente.
Uma vez disseram-me que essas coisas das pessoas certas nunca se sabem, que mesmo que encontres as pessoas “certas” da tua vida, que simplesmente não o sabes. Então porque raio continuamos à procura?

Ouve uma coisa, vou te tentar explicar. Não podemos saber quando as pessoas são aquelas, certo? Mas de certeza que podemos saber, quando não o são. Tu não és, já foste em tempos que o meu coração era criança e aceitava qualquer brinquedo.

Ele agora cresceu e tornou-se rígido nas brincadeiras que escolhe, deixas-te de servir…lamento…por teu próprio defeito de fábrica. Já vinhas assim, lamento … meio vazio por dentro, meio destruído por fora. Cruzes, não quero ter um brinquedo assim não.


Meu coração já se limpou de ti, com lixívia, com tira-nodoas; de tudo me servi para tirar a mácula que eras em mim.
Perdeste-me! Contente? Não?
Estou-me a lixar, não tenho pena. Já me limpei do teu odor asqueroso, agora se quiseres, limpa-te tu de mim; e seremos desconhecidos para o todo o sempre e felizes claro...



(Lavei-me de nós, até não me sujar de novo)
p.s. os ex, tornam-se sempre fantasmas

domingo, 7 de outubro de 2007

17,83


Se não fosse o facto de a minha vida não ser um filme de terror (vá daí às vezes parece), eu diria a muitas pessoas que este é o número do diabo, ou qualquer coisa assim desse estilo igualmente diabólica que desse pesadelos a crianças pequeninas.

(ok, mas não é)


Tenho de admitir que estes terríveis algarismos unidos com uma virgula no meio, me fazem a vida negra (cinzenta, preta) quase de uma forma sombria e nébula maligna que me perseguem fantasmagoricamente para onde quer que vá.


Muitos são aqueles que me julgam por sacrificar quase uma vida por um sonho...mas quem raio são vocês para combater algo que sempre quis fazer toda a minha vida? Porra, senão compreendem, calam a boca. (desculpem, não quero ser rude)


17,83...e quem me garante a mim que para o ano não é ainda mais?! A angústia por vezes torna-se insuportável...não, não estou com problemas de amor, nem de familia, nem existenciais de uma adolescência perturbada por acne. Este número ou provavelmente outro igualmente assustador, dita aquilo que vou ser, aquilo que quero ser até morrer e não o posso por um número, por uma décima...


Maldito número que por vezes me deixas tão miserável, arranhas-me a cara com as lágrimas que provocas e o desespero de já não saber quem sou, sem este sonho realizar.


Será pecado querer fazer da medicina uma profissão para a vida? Hein? Será?


Jovens portugueses como eu, sem mais saidas no plano A, partem por caminhos desconhecidos, em países estrangeiros e depois vêm médicos estrangeiros trabalhar para os hospitais portugueses...Agora digam-me! A sério, esclareçam-me que eu não consigo compreender...


Como é que temos tantos jovens a querer estudar em Portugal e por números como este, vão parar a Espanha e afins e depois ainda nos queixamos que temos falta de médicos ou muitos médicos estrangeiros. Agora digam-me?! Não tenho motivos para estar indignada?


Se estudar medicina em Portugal não é quase tortura, é o que então?


Pois bem, número terrível...podes continuar a assombrar-me nos próximos meses, mas não deixarei compreendes? Não deixarei que me estragues o sonho, que me estragues aquilo que quero ser (que vou ser)...não vou deixar (pequenas lágrimas)...não vou (sussurro)


Com 17,83 ou sem...aqui ou lá fora...vou ser uma médica!



(alguém me compreende?!)

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Tiago Bettencourt & Mantha

A voz inconfundível de Tiago é a única coisa comum aos Toranja; o estilo musical mudou, a importância dos intrumentos e a relação com a voz do vocalista também.
Em entrevistas anteriores ao concerto de estreia do seu álbum a solo "O jardim", Tiago Bettencourt afirmou que o seu novo cd era para adorar ou odiar; composto por influências de rock e jazz, cheio de notas imperfeitas e da mensagem que errar é natural. Esta semi-nova faceta de Tiago veio surpreender os antigos fâs de Toranja, levando alguns a detestar e outros a admirar ainda mais este menino prodígio de barba desalinhada.

O auditório do Olga Cadaval encheu completamente nos dez minutos antecedentes ao concerto, de fãs de cartazes e assobiadores, leigos e meros curiosos por música relativamente barata (bilhetes entre os 10 e 15 euros).

Os que entraram fãs sairam fanáticos, os leigos e "outrêns" sairam completamente viciados naquela voz rouca mas maravilhosamente irresistível, onde me incluo.

Um espectáculo de concerto que começou com uma música a solo de Tiago no piano, apenas ele e o piano e uma luz roxa como iluminação; chegou apenas esta conjugação simples para puxar o público à frente nas cadeiras o resto do espectáculo.
Acompanhado por diferentes guitarras, um piano de cauda enorme, um excelente baixista e um baterista também; Bettencourt mostro-nos ao longo de quase duas horas o seu novo álbum com músicas de letras comoventes e simples, ritmos variados e uma voz que faz toda a diferença.
Melodias como "Canção Simples", "Voo" e "Outono" fizeram as minhas delicias enquanto apreciadora da música de Tiago.

Para completar ainda mais esta beleza de concerto, Tiago demonstrou uma grande naturalidade e bom humor em palco, tendo mantido um grande contacto com o público no intervalo das músicas. Armado de piadas como "Vejam os nossos novos cadeeiros (apontando para os holofotes" gostam? compra-mos na IKEA" ou "Epa projectar a voz nesta música é complicado mas tenho de conseguir porque o que eu gosto mesmoooo é de projectaaaar a voz para vocês", Bettencourt conseguiu por o público muito bem disposto e a rir ás gargalhadas ao longo de todo o serão.

Depois de tamanho espectáculo e como não seria de esperar por menos, Tiago despediu-se em grande sendo depois aplaudido em pé durante vários momentos pelas várias dezenas de pessoas presentes.
Sem dúvida um concerto a recordar, e também para lembrar que são músicos como estes que fazem a música portuguesa sobreviver na sua pura beleza.

Aconcelho a toda a gente a comprar o cd e depois a assistir a um dos vários concertos desta tourné que começou ontem em Sintra, ninguém ficará indiferente.

Com eterna admiração por Tiago Bettencourt (L)

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Querida eu...(fazes-me falta)

Querida Eu,


Como tens passado? Tenho saudades tuas, nossas, daqueles pensamentos conjuntos que temos quando mais ninguém nos olha, nas esquinas das sombras quando toda a gente se distrai com o quotidiano.
Eu cá tenho estado sempre na mesma. Sim, está bem, estou mentindo; tenho passado terrivelmente mal na tua ausência demasiado prolongada. (vais voltar não vais?). As pessoas dizem-me: "Não te preocupes, a vida continua...tens de andar em frente!". Porra, como é que eu hei de andar em frente quando perdi meio corpo por ai? Quando me perdi a mim mesma? Han? Diz-me lá como é que vou fazer isso! (Sabes? voltas?)
Estou-te a escrever para te dizer que me fazes falta, fazes-me tanta falta. Saudades puras que brotam de mim por ti, desculpa, por nós.
Enquanto eu crescia, tu infantilizavas ainda mais. Eu procurava explicações, estudos exaustivos da vida, justificações e responsabilidade inxequível; tu mandavas-te de cabeça, fazias palhaças de nariz vermelho, atiravas papeis e mascavas pastilha.
Choras-te a nossa separação? Choras-te tanto como eu? (Chiuu confessa, não contarei a ninguém) Ah sério? Noites a fio, sem intervalo, com serras de lenços ranhosos e olhos irradiados de sangue? Fazes-me falta!
Eramos uma só, almas no mesmo corpo, personalidades ligadas por pequenos desejos e pecados comuns. Que fizes-te à criança que eras dentro de mim? Porque fugis-te tu maldita miuda pequena? Porque me deixas-te apenas com esta pessoa demasiado crescida para apanhar chuva, saltar nas poças e sujar as mãos no barro?! Tenho saudades.


Termino aqui a minha carta a ti, quer dizer a ex-mim. Lambo-a com saliva, encerro o envelope de coisas que preferia nao voltar a ler, meto no correio, espero dois dias, talvez três, abro (olhaa chegou uma carta) e leio...Ah pois, apenas uma carta para me lembrar que partis-te de vez, sua miuda em mim.

Tenho saudades (de nós)

Com eterna Saudades,
Eu





p.s. mais alguém aqui perdeu alguma coisa de si? alguma criança em si?

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

birth

Fico admirado quando alguém, por acaso e quase sempre sem motivo, me diz que não sabe o que é o amor. eu sei exactamente o que é o amor.
o amor é saber que existe uma parte de nós que deixou de nos pertencer. o amor é saber que vamos perdoar tudo a essa parte de nós que não é nossa.
o amor é sermos fracos. o amor é ter medo e querer morrer!

Jos'e luis peixoto





sou uma adolescente, tenho 17 anos e acredito no amor.
este 'e o meu primeiro post e um novo blog.
prometo marcar a diferença, em vocês e em mim.
vemo-nos no próximo.



(L)