domingo, 18 de maio de 2008

vinte e quatro


"Sentava-me por vezes a ver-te dormir, escutava com atenção o peso do ar no teu peito, esvoaçando com queixume por entre as coxas das tuas formas tão simples. E era bom ver-te jovem como o lençol e sentir-te vir para mim, sempre que acordavas. Ficavas demasiado anjo quando dormias, e os trajeitos marotos dos lábios. E era tão bom ver-te rebentar em mim como uma onda fora da estação."


Manuel Cintra

p.s. eu sei que temos com cada cena por vezes, mas eu também te amo tal e qual como és e como somos.

1 comentário:

Zezita disse...

Bem bonito :) *